Este é o título do meu filme preferido de todos os tempos. Ao contrário do que normalmente acontece, só agora, muitos anos depois de ter visto o filme, li o livro. Já sabemos como é muito mais enriquecedora a experiência da leitura em relação ao filme, mas não é isso que me importa agora. Até porque, apesar de faltarem algumas partes na produção para cinema, o importante está lá. E o importante é, de facto, muito importante.
Talvez seja um amor inexplicável, ou veneração avassaladora, mas há qualquer coisa nesta história que me faz prostrar em admiração: como pode alguém imaginar uma história destas? Como pode Stephen King entrar diretamente na minha alma, nas entranhas de todos os seres humanos, como é possível conhecer assim a essência do que somos - acima de qualquer raça, religião, cultura, nacionalidade?
Lembro-me de ter chorado das, pelo menos duas, vezes que vi o filme, mas as lágrimas foram ainda mais contundentes na página 411 do livro. Não são lágrimas de emoção ou de tristeza, são lágrimas de incredulidade e aceitação, como se aquele narrador tivesse conseguido chegar lá dentro, tocar no botão escondido e desprender tudo aquilo que aprendemos a esconder para conseguirmos viver.
Perco-me nas voltas desta tentativa de explicar o que considero grandioso, apenas porque as palavras nunca são suficientes para explicar o que verdadeiramente sentimos. E aqui não consigo mostrar a pele, a íris, a corrente sanguínea ou o sentir de dentro - e foram estas partes de mim que entenderam, de facto, esta história.
O bem e o mal, como sempre, mas sublime aqui. O amor que mata e o amor que dá vida. A inevitabilidade da efemeridade. Obrigada, SK.
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