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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Solo

É indiscutível a relação entre o ser humano e as artes; há qualquer coisa nas várias artes que não deixa os espíritos indiferentes, ainda que diferentes expressões tenham diversas receções e não se possa, por isso, estabelecer ligações de causa efeito exatas nestas matérias. É pena!
Ontem, ouvi, pela primeira vez, o recente álbum Solo do maestro e compositor Rui Massena. Não foi surpreendente a experiência, mas superou largamente as expectativas que já eram, por si só, bastante altas. O som do piano sempre me fascinou, mas nem todas as composições em piano me fascinam. Estas sim. Muito. Há, para mim, uma transmissão de paz que é avassaladora. Mas fico triste por, como referi, este efeito não se concretizar em todos os espíritos. Neste caso, seria admirável encontrar assim a paz no mundo - a desejar que seja em grande. Os líderes mundiais ouviam D-Day e as guerras terminavam, os povos ouviam Porque Não? e uniam-se em valores fraternos.
Aqui por perto, há umas vozes que se elevam em raiva, violência e desrespeito - eu não estava habituada -, e descobri que me deixam inquieta. O som da agressividade revolta-me, desassossega-me. É essencialmente triste. Achei que aumentar o volume do meu som (Solo) poderia contagiar de paz essas vozes. Não. Como disse: é pena!

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