Existe, pelos vistos, uma aplicação que permite agendarmos partidas telefónicas a amigos. Baixamos a aplicação e depois é só escolher o tipo de partida que queremos pregar a alguém: pode ser dizer que essa pessoa será alvo de uma penhora por ilícitos fiscais, acusá-lo de ter de pagar os estragos por ter batido num carro, dizer que o seu cão é irritante e vai ser abatido, entre outros tópicos tão imensamente (não) engraçados. Exploram o assunto da forma mais séria possível, fazem todas as acusações possíveis e imaginárias, insultam e depois desligam (não sem antes fazerem publicidade ao maravilhosos serviço).
O fundo comercial é este: a aplicação é grátis e as primeiras seis partidas também. Depois, pode adquirir pacotes de partidas por um determinado preço. E é legal. Pelos vistos.
Eu até me considero uma pessoa com bom humor, mas provocar mau estar nos outros nunca foi um dos meus objetivos de vida, nem a brincar. Se já provoquei dissabores em outros, garanto que nunca foi com intenção sádica de obter prazer no sofrimento dos outros.
Talvez eu esteja a exagerar, talvez seja eu que não tenho sentido de humor (já mo disseram, embora eu ache mesmo muito estranho - sempre pensei que tinha), mas estas brincadeiras são mesmo de muito mau gosto. Principalmente por permitirem que quem decide pregar a partida mantenha o anonimato. É que nestas brincadeiras, parece-me, a piada pode até estar na revelação final de quem está a brincar contigo e te conseguiu enganar. Talvez aí eu achasse alguma piada. Assim, de forma covarde, não.
Já agora, costumo ouvir e gostar das chamadas telefónicas do Nilton. É igual? Não. Ele, no final, revela a verdade e aguenta-se à bronca.
O meu "amigo" não teve tomates. É pena.
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