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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Atenção! Este é um texto de autoajuda.

Há experiências pessoais que vale a pena partilhar: as que encorajam, as que influenciam positivamente, as que empurram para a frente.
Costumo dizer aos meus alunos que, a todo o momento, andamos a semear aquilo que um dia colheremos. Por vezes, a colheita é feita a curto prazo, mas, na maioria das vezes, ela acontece a longo prazo. O exemplo que lhe dou consiste basicamente no seguinte: 
Um dia, quando eu for dona de uma grande empresa e precisar de funcionários, vou lembrar-me de alguns dos meus alunos - em princípio, dos melhores e dos piores. Dos medianos, daqueles que não deixam marcas, quase nunca ninguém se lembra. É essencial dar nas vistas, chamar a atenção, ou marcar por algum motivo inesquecível. Nessa altura, os piores aparecer-me-ão na memória e não vou esquecer que não me serivirão para nada. Se os reencontrar numa entrevista de emprego, tenho a certeza de que me lembrarei deles e, sorrindo, direi "Se for selecionado, entraremos em contacto consigo brevemente", ao mesmo tempo que estarei a pensar "Não tens hipótese! Lembro-me bem de como eras preguiçoso!". Claro que todos podemos mudar, crescer, evoluir, correr atrás do prejuízo. Porém, nem sempre há tempo para reparar nisso e, sendo assim, contam as primeiras sementes lançadas.
Por outro lado, os que me marcaram positivamente provavelmente nem terão de procurar o anúncio de emprego, eu própria irei à procura deles. Do mesmo modo, lembrar-me-ei deles se alguém me pedir conselhos ou me perguntar se conheço alguém adequado para este ou aquele trabalho.
Poderá ter passado apenas meio ano, ou um ano, mas também podem ter passado vários. A semente fica. 
Espalhamos sementes a todo o momento: num sorriso, num por favor, num obrigado, num segurar de porta. Mas também fica semeado com profundidade cada não, cada olhar torcido, cada palavrão, cada desculpa esfarrapada, cada preguiça.
Felizmente, tenho podido colher o fruto de muitas sementes. E penso muitas vezes: a minha sorte é tentar sempre deixar algo bom por onde passo. 
Só me falta mesmo ser dona de uma grande empresa! 

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