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terça-feira, 28 de julho de 2015

Arrumações

É verdade que todos somos únicos. O que pensamos, decidimos, escolhemos, dizemos e fazemos são manifestações dessa singularidade. É impossível haver, no mundo, duas pessoas exatamente iguais: com os mesmos gostos, reações e ações, medos ou preferências. Cultivam-nos a importância da diferença, do livre arbítrio, da liberdade, da independência, ao mesmo tempo que nos empurram para a necessidade básica e inquestionável de pertencermos a um grupo, a um conjunto, de encaixarmos - até no sentido da Malhoa - em alguém. Eu devo confessar que adoro encaixar (em todos os sentidos), adoro pertencer a um grupo, ou melhor, a vários e ter a oportunidade - acho que é essa a razão fundamental - de partilhar. Partilhar a vida, porque nela está a minha singularidade, e porque a minha singularidade só existe pelo conhecimento do outro.
No meu caso, a partilha passa sempre pelas palavras: lidas, proferidas (tantas), ouvidas, cantadas (mal), inventadas, escritas. Andam por aí, em sons e ecrãs, em papéis e caderninhos, em blogs e redes sociais; espalhadas desarrumadamente por todo o lado - com nexo, sem nexo, com vida.
Agora, estarão todas aqui! Mentira! Apenas as escritas e mesmo assim apenas algumas. Atrevo-me a desejar que verterei para aqui só as mais bonitas (novas ou antigas, recentes ou repetidas). Porque a beleza é essencial, e a arrumação é sempre bela - para mim.



4 comentários:

  1. Se não conseguirem comentar, por favor, digam-me.

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  2. Eu diria que não se consegue "arrumar" um artista, um criativo. Basta olhar para a natureza. Incontrolável. Mas aprecio as diferentes formas de expressão :) Talvez o blog seja o primeiro passo para o primeiro livro?

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  3. Parabéns Fi! Assim vou poder continuar a acompanhar os teus textos, dos quais sempre gostei bastante! Beijnhos

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